13 junho 2013

Quando o amor acontece.


Isabella e Felipe são obrigados a viver como irmãos quando seus pais, se casam. A convivência entre os dois não é das piores. Vivem em harmonia, mas tem brigas como qualquer irmãos. Até que eles vêem seus corações serem partidos, e encontram apoio e conforto um no outro. O que era apenas irmandade... Pode virar algo mais.
                                                                                                           
                                                                                                             
“Somos donos de nossos atos, mas não donos de nossos sentimentos; Somos culpados pelo que fazemos, mas não somos culpados pelo que sentimos; Podemos prometer atos, mas não podemos prometer sentimentos… Atos são pássaros engaiolados, sentimentos são pássaros em voo.”
— Mário Quintana                    


Sou Isabella, tenho 16 anos. Meus pais são separados há 10 anos. Mas são amigos. O amor apenas acabou. Sem rancor, sem sofrimento. Apenas pra mim, que não queria que se separassem. mas vivemos em harmonia. Moramos até perto... Minha mãe mora em um sobrado, onde eu nasci. Com o seu marido Cadu, e os filhos dele: Renato, 18 anos. E Rafael, 17 anos. Meu pai mora em um apartamento, no fim da rua onde eu moro. Com a Marina com quem é casado há 7 anos, e o filho dela: Felipe, 17 anos.
Minha relação com meus irmãos, são diferentes. Passo a maior parte do tempo com o Rafa e o Renato, já que moro com a minha mãe. O Rê é o meu melhor amigo. Aquele irmão que todos querem ter. Carinhoso, simpático, lindo, fofo, engraçado e claro o que não poderia faltar: ciumento. Nos demos bem logo de cara. E somos realmente como irmãos. E ele é o melhor amigo do Felipe. Ele, o Breno e o Fred. São amigos para toda a hora mesmo. Inseparáveis. Arruaceiro que só, acabou repetindo a quinta série, estando agora no 3° colegial com o Felipe, o Breno e o Fred. O Rafa, é um amor também. Porém, não me vê somente como irmã. Estudamos juntos na mesma classe, 2° colegial. Ele é super estudioso, diferente do seu irmão. Também somos melhores amigos. Costumo sair mais com ele, já que somos praticamente da mesma idade. Mas algumas vezes ele força a barra. Não gosto e não quero magoá-lo, por isso é complicado estar ao seu lado, sabendo que não é só de amizade que ele fala. O Felipe, bom, esse ainda é mais complicado. Eu fico na casa do meu pai, só de sexta, sábado e domingo. Ah, e também nos feriados. Alguns, pelo menos. Mas não somos exatamente o exemplo de família. Não nos falamos como falo com o Renato, por exemplo. É só o essencial. Apesar que às vezes ele pega no meu pé que é uma maravilha. Não o vejo de outra forma, a não ser o chato da minha vida. Mas o amor acontece quando menos esperamos, não é? Nasce dos pequenos gestos.
Era segunda - feira, eu ainda estava no meu pai. Acordei às 5:30, tomei meu banho, coloquei uma calça jeans clara, a camiseta da escola, uma melissa branca. Fiz uma make básica, coloquei uma tiara de lacinho, peguei minhas coisas, e fui para a cozinha. Já eram 6:30, meu pai e Marina já estavam tomando café.
– Bom dia! – Falei
– Bom dia, princesa. – Meu pai disse enquanto tomava um gole de café
– Bom dia, Isa. – Minha madrasta respondeu sorrindo – E o Felipe? – Ela perguntou
– Não sei. Mas acho que ainda está dormindo. – Respondi
– Acorda ele por favor, querida? – Ela pediu – Senão ele dorme a manhã toda.
Eu assenti e voltei para o corredor, entrando no quarto do Felipe.
– Fê? – Disse me aproximando – Felipe, 6:35 já!
– Ah, mais um pouco! – Ele murmurou sem abrir os olhos
– Não! Vai se atrasar. – Disse puxando seu lençol 
– Ei! – Ele segurou, estava só de cueca
– Desculpa, não sabia. – Eu disse sem jeito
– Quer ver meu corpo, é? – Ele disse com malícia
– É tudo que eu sempre quis, sabia? – Disse com ironia – Levanta logo!
– Já vou, Isabella! – Reclamou
– Não vou te chamar de novo! – Avisei
– Tá, não chama.
– Se sua mãe brigar, vou dizer que é preguiçoso.
– Sou mesmo! – Disse irritado
Eu saí e quando fui fechar a porta, ele levantou se espreguiçando. Que corpo! Voltei a cozinha e me sentei para tomar café. Logo o Felipe apareceu bocejando.
– Bom disse! – Ele disse com voz mole
– Bom dia, amor! – Sua mãe respondeu
– Bom dia, rapaz. – Meu pai disse
– Chegou tarde ontem, Felipe? – Marina o censurou
– Ah, mãe! – Felipe bufou enquanto colocava leite no copo
– Está dormindo em pé!
– Mãe, não começa, vai! – Ele pediu
– Era domingo, Mari. – Meu pai o defendeu
– Ele poderia seguir o exemplo da Isa, que foi dormir cedo. – Ela disse
– Da Isabella? Não dá, a vida dela é parada. – Felipe me olhou irônico se sentando a mesa
– Não implica com ela. – Marina chamou sua atenção
– Eu estou indo. – Avisei me levantando
– Não vai com a gente hoje? – Felipe perguntou – Seu príncipe vai vir te buscar? – Disse irônico
– Não que seja da sua conta... Mas sim. Vou com o Eduardo.
Eduardo era meu namorado há 8 meses.
– Não sei como o aguenta. – Ele balançou a cabeça negativamente
– Você nem o conhece, então não enche! 
Dei um beijo na Marina, um beijo no meu pai, peguei minha bolsa e saí... Deixando o Felipe resmungando alguma coisa.
Quando desci do prédio, encontrei o Renato lá em baixo esperando o folgado.
– Oi, maninha! – Ele me abraçou
– Oi, meu amor!
– Senti sua falta, sabia? Sempre sinto quando você vem pra cá. – Ele fez bico
– Também sinto a sua. Até por que, você é você... Se é que me entende. – Revirei os olhos
– Acho que entendi. – Ele riu – Felipe, não é?
– Ele é um chato, não sei como podem ser tão amigos.
– O oposto se atraí. – Ele fez uma carinha fofa
– Não no meu caso! Ainda bem.
– Nunca se sabe.
– Nem vêm, Renato. – Dei um tapa leve nele – E o Rafa?
– Foi pra escola já. Disse que quer conversar com você. – Ele respirou fundo
– Não quero brigar com ele. – Disse triste
– Tenha só um pouco de calma, Belinha. Ele gosta muito de você.
– Eu tenho, Rê... Mas detesto a ideia de magoá-lo por não retribuir esse carinho todo que ele sente.
– Você ganha pontos pela sinceridade. – Ele sorriu
Ouvimos uma buzina, quando olhamos é o pai do Edu. O Renato revirou os olhos.
– Aí o seu amado. – Ele disse
– Vou indo então, nos vemos na escola?
Eu saí e quando fui fechar a porta, ele levantou se espreguiçando. Que corpo! Voltei a cozinha e me sentei para tomar café. Logo o Felipe apareceu bocejando.
– Bom disse! – Ele disse com voz mole
– Bom dia, amor! – Sua mãe respondeu
– Bom dia, rapaz. – Meu pai disse
– Chegou tarde ontem, Felipe? – Marina o censurou
– Ah, mãe! – Felipe bufou enquanto colocava leite no copo
– Está dormindo em pé!
– Mãe, não começa, vai! – Ele pediu
– Era domingo, Mari. – Meu pai o defendeu
– Ele poderia seguir o exemplo da Isa, que foi dormir cedo. – Ela disse
– Da Isabella? Não dá, a vida dela é parada. – Felipe me olhou irônico se sentando a mesa
– Não implica com ela. – Marina chamou sua atenção
– Eu estou indo. – Avisei me levantando
– Não vai com a gente hoje? – Felipe perguntou – Seu príncipe vai vir te buscar? – Disse irônico
– Não que seja da sua conta... Mas sim. Vou com o Eduardo.
Eduardo era meu namorado há 8 meses.
– Não sei como o aguenta. – Ele balançou a cabeça negativamente
– Você nem o conhece, então não enche! 
Dei um beijo na Marina, um beijo no meu pai, peguei minha bolsa e saí... Deixando o Felipe resmungando alguma coisa.
Quando desci do prédio, encontrei o Renato lá em baixo esperando o folgado.
– Oi, maninha! – Ele me abraçou
– Oi, meu amor!
– Senti sua falta, sabia? Sempre sinto quando você vem pra cá. – Ele fez bico
– Também sinto a sua. Até por que, você é você... Se é que me entende. – Revirei os olhos
– Acho que entendi. – Ele riu – Felipe, não é?
– Ele é um chato, não sei como podem ser tão amigos.
– O oposto se atraí. – Ele fez uma carinha fofa
– Não no meu caso! Ainda bem.
– Nunca se sabe.
– Nem vêm, Renato. – Dei um tapa leve nele – E o Rafa?
– Foi pra escola já. Disse que quer conversar com você. – Ele respirou fundo
– Não quero brigar com ele. – Disse triste
– Tenha só um pouco de calma, Belinha. Ele gosta muito de você.
– Eu tenho, Rê... Mas detesto a ideia de magoá-lo por não retribuir esse carinho todo que ele sente.
– Você ganha pontos pela sinceridade. – Ele sorriu
Ouvimos uma buzina, quando olhamos é o pai do Edu. O Renato revirou os olhos.
– Aí o seu amado. – Ele disse
– Vou indo então, nos vemos na escola?
– Claro. – Ele afirmou
Ouvimos a buzina novamente.
– Que chato! – O Felipe saiu do prédio resmungando
– Você? Concordo. – Disse debochando
– Não! O seu namorado. – Ele me encarou sério – Vai logo, Isabella, para o pai dele parar de buzinar!
– Eu vou, mas pra não ter que discutir com você. É muito chato quando acorda! – Dei um beijo no rosto do Rê – Tchau, Rê, nos vemos na escola.
– Tchau, Bela. – Ele disse
– Eu não ganho beijo não? – O Felipe riu
– Ganha. – Caminhei até ele – Pede pra Débora.
Me virei, atravessei a rua e entrei no carro.
– Que demora, amor! – O Edu reclamou
– Estava falando com o Renato, amor. – Dei um selinho nele – Bom dia, senhor Otávio.
– Bom dia, Isa. – Ele respondeu sorrindo
– Bom dia, Dona Jaque. 
– Bom dia. – Ela respondeu séria, como sempre
Às vezes tinha impressão de que ela não ia com a minha cara.
– Que saudades. – Ele me abraçou – Não nos vimos esse fim de semana.
– Pois é, você resolveu sumir. – Fingi estar brava
– Desculpa. Os moleques me alugaram. 
– Tudo bem. – O desculpei
Fomos para a escola sem dizer mais nada. Logo o senhor Otávio chegou.
– Boa aula, meninos.
– Obrigada. Tchau. – Sorri 
– Valeu, pai. – Ele disse e desceu
– Tchau, Dona Jaque.
Ela não respondeu. Eu desci e o Edu entrelaçou nossos dedos, entramos assim. Logo encontrei o Rafa na porta.
– Bom dia. – Falei
Ele só cumprimentou com a cabeça, e não falou mais nada. O Edu era da nossa classe, mas ficava com seus amigos, e eu com as minhas amigas.
– Te vejo no recreio. – Ele disse e me deu um selinho
– Ok, amor.
– Oi, meninas. – Falei
– E aí, dona Isabella. – Disse Betina – Depois queria falar contigo.
– Entra na fila. – Brinquei
– Quem mais quer falar com você?
– O Rafa.
– Ah... – Ela disse e ficou séria
– O que foi? – Perguntei
– Nada. – Ela respondeu ainda séria
– Oi, Isa. – Disse a Lia
– Bom dia, Bela. – Disse Mica
Betina, Micaela e Lia, eram as minhas melhores amigas desde sempre! Éramos o quarteto fantástico.
– Isa, acho que a Betina ficou assim depois que falou do Rafa. – Advertiu Mica em um sussurro, enquanto eu me sentava ao seu lado
– É, percebi isso também.
– O que percebeu? – Perguntou Lia
– Nada não. – Desconversei fazendo sinal de que depois eu falava
– Posso falar com você? – Disse o Rafa que se aproximou da mesa
– Agora? Vai bater o sinal, Rafa.
– É rápido. – Ele disse e me puxou
Fomos ao pátio, sentamos e então ele sorriu, todo fofo.
– Que foi? – Perguntei sorrindo de volta
– É bom te ver. – Ele disse
– É bom te ver também, coisa fofa!
– Sinto tanto a sua falta quando vai para o seu pai.
– É, eu também, mas tenho que ir. – Falei o abraçando de lado
– E o Felipe?
– O que tem ele? – Perguntei confusa
– Vocês... Ainda brigam muito?
– Não é que brigamos, só não temos o hábito de conversar muito. Às vezes sai uma briguinha de irmão. – Dei de ombros
– Ah. – Ele suspirou
.......Continua.....